segunda-feira, 24 de maio de 2010


Em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi assinada pela Princesa Izabel, dando aos negros o direito de liberdade.
Até ai, tudo bem, foi uma grande atitude em relação à forma como eles eram tratados.
Mas vamos olhar isso por outro lado...
Na época da colonização, os portugueses usavam os índios para fazer o trabalho pesado, alguns religiosos da época se colocaram em defesa dos índios o que levou os portugueses tomarem a mesma atitude dos europeus, ou seja, usar a mão-de-obra negra.
Os negros eram trazidos em navios negreiros, e devido às péssimas condições desse transporte muitos morriam no caminho. Ao desembarcarem aqui, eles eram vendidos a senhores de engenho e fazendeiros, a quem eles eram obrigados a prestar serviços.
Agora paramos para pensar, quando essa lei foi assinada e deu ao negro a liberdade foi uma liberdade ilusória, pois eles não estavam no seu país de origem e a chance de se igualar aos demais eram mínimas, quase inexistentes.
De lá pra cá essa desigualdade só aumentou, pois é difícil você querer que uma pessoa que foi privada de muitas coisas, consiga em um curto espaço de tempo se igualar aos demais.E vemos essa desigualdade até hoje, e segunda pesquisas apesar de ser a 12ª economia mundial e de possuir uma Constituição Democrática, o Brasil, país com a segunda maior população negra do mundo, ainda apresenta grandes diferenças sociais entre brancos e negros.
Ao se comparar as estatísticas entre brancos e negros, no Brasil, vemos que a distância entre as duas categorias sociais é enorme.
Segundo pesquisas realizadas os negros correspondem a 51,1% da taxa de analfabetismo no Brasil entre a população adulta e a 64% da parcela de 53 milhões que vivem abaixo da linha de pobreza.
Os negros também compõem a 69% dos 22 milhões de indigentes e a 70% dos 10% mais pobres da população. A educação superior também é uma triste realidade para os jovens negros entre 18 e 25 anos, pois 98% deles não têm acesso a uma universidade.
Diante de toda esta situação de desigualdade e de exclusão social é que têm surgido alguns projetos de lei no Congresso Nacional, envolvendo a problemática racial, bem como algumas iniciativas de governo de fornecer cotas para negros.
Em minha opinião essas cotas do mesmo jeito que ajuda, às vezes atrapalham, pois todo negro que é visto na universidade publica é taxado como “aquele que só entrou por causa da cota”, sendo que muitas vezes eles entraram por mérito. O governo precisa rever seus conceitos e ao invés de dar cotas, deveria investir mais no estudo publico, evitando rotulações futuras.
Lariane - Estudante do 1° ano de Secretariado

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