domingo, 23 de maio de 2010

Moradores de Rua


Existem outros tipos de pessoas que moram nas ruas, e que são excluídos da sociedade que são os dependentes de bebida alcoólica. Esses moradores não se misturam com outros viciados químicos a sua maioria  se concentra na praça da Sé, o marco zero da Cidade de São Paulo muitos foram abandonados pela família, vício, desilusão amorosa, pequenos empresários falídos, migrantes que vieram de suas cidades para tentar emprego em São Paulo e não tem condições para voltar a sua terra natal.
Conversei com o Sr. Ednaldo Luiz de Oliveira, 30 anos de idade, nascido em Pernambuco, morador de rua: "Vim para São Paulo hà seis meses atrás para tentar um trabalho, por que onde morava não existia emprego, chegando por aqui não consegui nada, por isso acabei ficando na rua, tenho muitas dificuldades para comer e dormir quando peço comida zombam de mim pedem para passar mais tarde me mandam  sair do estabelecimento. Ainda tenho esperança de voltar para minha terra lá tenho onde comer e domir". O Sr Edvaldo relatou que muitas vezes quando está dormindo na praça a noite é acordado pelos GCMs (GUARDA CIVIL METROPOLITANA), com violência e até mesmo com jatos de água onde molham seus pertences: colchões, cobertores e papelões que utilizam para se proteger do frio. Foi  realizada uma reportagem  pela emissora CBN sobre esse tipo de violência que esta sendo investigado.Outros moradores como o Sr.Antonio Carlos de Jesus que veio da Bahia relatou uma curiosidade: " Muitos moradores de rua saem do centro da cidade e vão para os bairros alegando que dormem mais tranqüilos sem serem incomodados e muitos dormem durante o dia porque não conseguem dormir a noite devido à violência, o pouco que conseguem almoçam no BOM PRATO (uma parceria entre Governo do Estado de São Paulo e entidades assistências da sociedade civil), com o custo de R$1,00 a refeição. Como incluí-los na sociedade se as próprias autoridades fazem esse tipo de tratamento a essas pessoas completamente perdidas e sem rumo. Acredito que o este programa seje uma ótima iniciativa para Inclusão Social.
Ainda no dia 13 de Maio de 2010, estacionei meu táxi na Rua Antônio de Godói esquina com a Rua Santa Efigênia esperando um passageiro, percebi um morador de rua deitado em seu colchão, após alguns minutos levantou começou a enrolar seu colchão em forma de caracol colocando seus pertences dentro do colchão, retirou uma escova de cabelo e começou a se pentear inclusive a barba, então pegou uma bituca de cigarro que um homem acabará de jogar no chão sentou-se no colchão e olhou para o alto como se estivesse fazendo uma retrospectiva de sua vida. Entretanto existia um problema seu encosto era uma banca de jornal, o proprietário da banca percebendo a presença do morador de rua de modo grosseiro e hostil o ofendeu, dizendo que o ele deveria procurar outro lugar para ficar pois ali era lugar de pessoas de bem.
 Naquele monento, me perguntei Será que estamos preocupados em fazer algo que inclua essas pessoas na sociedade? Bons tratos e respeito com as pessoas seja ela quem for faz parte da inclusão social. E o que presenciei foi um ato exclusão social.
Marcos Clemente - Estudante do 1° ano de Logística

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